Crônica de um sábado A espera pelo metrô naquele sábado a noite era só mais uma, das muitas pelas quais Marcelo já havia passado. A ida até era confortável, mas recentemente ele sempre ia com o pensamento naquela volta, nas altas da madrugada, que demoraria tanto, tanto, com aquela sonolência trôpega de um bêbado convalescente. Calor no metrô, frio lancinante pelas ruas. Longa caminhada até o calor do bar onde encontraria seus novos velhos amigos, os de sempre, os de todos os fins de semana. Achada a rua do bar, restava só encontrar o número, aquele número no qual, aberta a porta, daria acesso grande mundo de diversões daquela noite. Marcelo parou na frente do número 18 naquele sábado frio. Respirou fundo, abriu a porta. Grande barulho, muitas conversas, amigos por todos os lados e a imensa Babel que se desenrolava perante ele, com todas aquelas línguas sendo faladas aqui e ali. Caipirinha no bar, vinho na mesa, cerveja com a conversa. É português, és español, it is English, c'est français, es ist Deutsch. Mais uma festa comum. Exceto por ter notado aquela menina... ou será que nem isso era uma excessão? Marcelo já pensava devagar. Aqui ou ali, aquela menina, as faces coradas com o calor e com as danças, animada e alegre. Foi procurá-la, atrás dela, puxar uma conversa. Marcelo conversa e nem sabe que língua falam, mas conversam, conversam tanto, que tanto ela sorri, que tanto ela baila na sua frente com a pouca roupa que saiu. So wie ein Traum, bailando con musicas, clearly standing outside of time, "Embrasse moi!". Essas noites tinahm sempre, pelo menos, um tempero interessante. Escrito porNight Cat @ 5:25 AM - |
||||