Andando pela noite, e outras histórias

Night Cat  
22 anos  
São Paulo - SP

Eu os convido a andar comigo. Pela noite, pelo mundo, por histórias e por confissões. Convido hoje e agora, pois a cidade respira, a vida treme e amanhã, quem sabe, pode ser tarde ou claro demais. Venham!



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  Wednesday, September 17, 2008

Crônica de um sábado

A espera pelo metrô naquele sábado a noite era só mais uma, das muitas pelas quais Marcelo já havia passado. A ida até era confortável, mas recentemente ele sempre ia com o pensamento naquela volta, nas altas da madrugada, que demoraria tanto, tanto, com aquela sonolência trôpega de um bêbado convalescente.

Calor no metrô, frio lancinante pelas ruas. Longa caminhada até o calor do bar onde encontraria seus novos velhos amigos, os de sempre, os de todos os fins de semana. Achada a rua do bar, restava só encontrar o número, aquele número no qual, aberta a porta, daria acesso grande mundo de diversões daquela noite.

Marcelo parou na frente do número 18 naquele sábado frio. Respirou fundo, abriu a porta. Grande barulho, muitas conversas, amigos por todos os lados e a imensa Babel que se desenrolava perante ele, com todas aquelas línguas sendo faladas aqui e ali.

Caipirinha no bar, vinho na mesa, cerveja com a conversa. É português, és español, it is English, c'est français, es ist Deutsch. Mais uma festa comum. Exceto por ter notado aquela menina... ou será que nem isso era uma excessão? Marcelo já pensava devagar.

Aqui ou ali, aquela menina, as faces coradas com o calor e com as danças, animada e alegre. Foi procurá-la, atrás dela, puxar uma conversa. Marcelo conversa e nem sabe que língua falam, mas conversam, conversam tanto, que tanto ela sorri, que tanto ela baila na sua frente com a pouca roupa que saiu. So wie ein Traum, bailando con musicas, clearly standing outside of time, "Embrasse moi!". Essas noites tinahm sempre, pelo menos, um tempero interessante.

Escrito porNight Cat @ 5:25 AM -



  Wednesday, March 05, 2008

Spät in der Nacht

Eu fui embora do Brasil. Não, não, eu fui mesmo embora da minha vida.

Construir. O que é? Eu demorei mas depois construí um castelo, de amor, pessoas, amigos, desamigos e sucesso. Eu deixei a construção. As fundações duram, o resto não. Aqui é angustiante, os queridos vão embora rápido e o fim tem hora marcada: 3 anos, ponha ou tire uns 6 meses. O sucesso é pouco e vem escasso. Os bons são melhores.

Qual é meu ar? Quanta é a vida? Um aniversário com pessoas só meio-queridas. As outras, só no pensamento, que apesar de muito e de todos os lados, não tem calor, nem cor, nem risadas. É cinza. Ou será que cinza é só o céu? Céu de uma cidade absolutamente encantadora, cidade que vence... mas que se guarda, que é fria, que é dela mesma e tão pouco minha. São as pessoas que apesar de desnudas, são intocáveis.

Sou diferente, sei mais. Sei mais da vida, do trabalho, das tecnicalidades. Me conheço melhor, o crescimento não pára. Não sou muito feliz, mas não sou triste. Não sou a melhor no trabalho, não sou a pior. O problema é que meu tempero é de emoções fortes. De conquistas grandes. De amores intensos.

O contraponto é que é tudo tão diferente que me fascina. E que enquanto uma parte de mim é cada vez menos, a outra parte (curiosa) é sempre mais.

Aber du, mein Schatz, du muss zu mir kommen. Ohne dich, alles dass ich mache ist fast sinnlos.

Doch, genug.

Escrito porNight Cat @ 3:33 PM -



  Friday, August 17, 2007

Pra que.

Sabe quando você olha um pôr do sol na janela e percebe que a vida é bonita, aquele momento de respirar e ver cores crepusculares, mudando devagarzinho sob o seu olhar. É quando você vê que realmente é preciso esquecer para se lembrar, é preciso deixar para ter, é preciso sair para se encontrar. E então, pra que mesmo ainda estou aqui?
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Escrito porNight Cat @ 9:27 AM -



  Monday, June 18, 2007

Felicidade

"Felicidade foi embora e a saudade..."
"É como a gota de orvalho numa pétala de flor"

É o meu segredo, meu mundo novo, minha lágrima ao vento, tudo e pouco do que tenho. Ela que tive, que perdi, que ganho todo dia um pouco. É o que construímos, o que deixamos e o que vivemos.

Ando muito livre.

Escrito porNight Cat @ 1:41 AM -



  Monday, March 13, 2006

Hold!

Hold your breath, baby. Today is the day! They come, and you walk between them. They come, and you kneel between them. They come, and part of you dies, while the other one lives. It will happen as I say, baby, mark my words.

Escrito porNight Cat @ 6:00 AM -



  Friday, January 27, 2006

Overdose de Vinicius

É, daquele, que chamam de poeta. Vi documentário, cheguei em casa, peguei o livro. Li, li, li e achei poemas de dar água na boca, poemas de cair na risada e poemas que eu talvez jogasse fora. Não contente, peguei os cds e ouvi, ouvi até cansar, achando graça de tudo. Agora passou, ele voltou pro lugar habitual do meu dia a dia, fazendo-se presente só em alguns momentos. Mas sabe o que é? Anda por aí um outro Vinicius, que alegra os meus dias e que eu já disse: às vezes, parece até poeta.

Escrito porNight Cat @ 12:04 PM -



  Thursday, January 19, 2006

Centro

É descer do ônibus para ser engolido pelo coração da cidade. A moça da vida, de dia, masca um chiclete nervoso. Na rua, as pessoas, das nacionalidades sem nacionalidades, paulistanas todas. Calor da falação, dos barulhos, das propagandas. Lá do alto, cidade imensa, imensa linda. Você me quis... e eu finalmente mergulhei em você, como tinha que ser.

São Paulo.

Escrito porNight Cat @ 10:58 AM -