Por um soneto "De tudo ao meu amor serei atento..." E assim ela seria. De tudo, sempre e tanto. Só que para ela não foi chama, enquanto para ele foi. E então ela não queria mais ser atenta. Tudo o que queria era a abençoada desatenção. A abençoada capacidade de não perceber, de não saber e de não querer. Mas não havia como. Era ele em todos os lugares, em todos os pensamentos, em todas as soluções. Era ele a sua prisão, o véu que escurecia seu mundo. E de tão escuro, tão escuro um dia ela só viu uma rosa branca. Mas a rosa branca tinha galhos, tinha folhas, tinha uma rua, um ônibus, alguns prédios, o mundo. E lá estava ela de novo, atenta, sempre atenta. Escrito porNight Cat @ 6:24 PM - |
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